MISSIONARIEDADE
E PROFETISMO DO PRESBÍTERO,
NA IGREJA
E NO MUNDO, À LUZ DO CONCÍLIO VATICANO II
“ Há
algum tempo, conversando com um presbítero e escutei bem o relato de
suas dificuldades. Ele estava meio desencantado, dizendo que o povo
não o compreendia e não correspondia ao seu esforço. E se
perguntava: “ vale a pena tanto sacrifício e depois não ser
reconhecido? Vale a pena tanto sacrifício e não se ter o necessário
para viver? o povo não acompanha nossas propostas, nossos projetos!
Realmente não sei o que fazer”! tendo-o escutado, fui retomando os
vários pontos e perguntei-lhe: meu irmão, como você experimenta o
amor de Jesus Cristo em você? Você sente a cada dia que realmente
foi escolhido por Deus para seguir Jesus Cristo como ministro
ordenado? O que significa, nesse momento, o ministério que você
recebeu como um dom de Deus para o serviço do seu povo? você não
tem observado o amor e o carinho que o povo manifesta por você? Você
está levando em conta a história desse lugar onde Deus o colocou?
Conhece bem os sofrimentos e angústias das pessoas e grupos desse
lugar? O que tem marcado a vida desse povo? O que significa agora o
espírito missionário? As perguntas não seriam outras: o que Deus
está me apontando diante dessa realidade? Que sinais de Deus preciso
descobrir em meio a essa situação que é complexa? Você não
estaria partindo você mesmo, daquilo que já está elaborado e
cristalizado em sua cabeça e em seu coração? Será que não seria
hora de sermos sinal da Igreja que não está estabelecida, para quem
não está tudo pronto, mas da Igreja aberta aos sinais de Deus,
discípula e missionaria? Depois da conversa, em também me
perguntei: não esta Deus me pedindo uma maior atenção à formação
dos futuros presbíteros e sua formação permanente e maior
dinamização da experiência missionaria? ”
DOM ESMERALDO
BARRETO
11º
ENP 01 a 07 fevereiro de 2006.
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