quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Advento



A vida passa por transformações e se renova. Por isto, iniciamos mais um Ano Litúrgico, começando com o Ciclo do Natal, na certeza de vida renovada. O Natal é celebrado com muitas festas, contemplando o nascimento de um Rei, o Filho de Deus, cumprindo uma promessa feita pelo Senhor ao Rei Davi.

São quatro domingos chamados de “Advento”, que nos despertam, dentro de um itinerário, para a vinda de Jesus Cristo, Àquele que vem de Deus e assume as condições e realidades humanas. Seu objetivo foi de realizar a reta ordem do universo no cumprimento das Leis divinas marcadas no coração das pessoas.

No mundo dos conflitos, da violência e do caos na ordem social, caímos numa situação de temor e angústia. Nossa esperança fica fragilizada e somos incapazes para uma paz de sustentabilidade. Somente em Jesus Cristo podemos encontrar força e coragem para superar as limitações contidas em nossas fraquezas.

O Advento é tempo de preparação para o Natal. É colocar-se de prontidão para acolher Aquele que nasce transformando a história. Hoje isto acontece no coração das pessoas vigilantes e sensíveis às realidades do bem. Este deve ser o caminho do cristão, reconhecendo a presença de Deus em sua vida.

Todo clima natalino, que começa com o Advento, deve fazer aumentar o amor entre as pessoas. É uma realidade que deve acontecer no relacionamento, na convivência familiar, no trabalho, na escola, enfim, na vida real. É importante a consciência de que a fonte de tudo isto está em Deus. É por isto que Ele vem a nós e fica conosco. “O amor de Deus foi derramado em nossos corações” (I Ts 4,9).

Sabemos que a fonte do amor é Deus, mas isto não dispensa o esforço pessoal. Temos que viver o amor no meio dos conflitos e tensões a todo instante. Os afazeres da vida não podem obscurecer a ação de Deus em nossa prática de vida. É Ele quem nos dá sustentação para uma realidade de fraternidade e vida mais feliz.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cristãos de Uberaba se despedem de cônego Antônio Joaquim



Centenas de fiéis participaram da missa de corpo presente de cônego Antônio Joaquim neste sábado (10), ás 10 h, na paróquia Santa Teresinha.
A celebração foi presidida por dom Paulo Mendes Peixoto e concelebrada pelos arcebispos eméritos dom Roque Oppermann e dom Benedito Ulhoa Vieira e 30 padres. Entre os fiéis, representantes das paróquias por onde padre Antônio Joaquim passou e familiares vindos de Belo Horizonte.
Em sua homilia dom Paulo lembrou que conheceu padre Antônio Joaquim ainda quando seminarista em Caratinga. “Em Uberaba, convivi pouco com ele, no entanto, o suficiente para notar a sua vida exemplar. Com certeza, como muitos falam, é mais um santo no céu,” arrematou o arcebispo.
Coube a dom Roque a encomendação do corpo e a dom Benedito as despedidas. O arcebispo lembrou que cônego Antônio Joaquim fora o primeiro padre ordenado por ele em Uberaba. Dom Benedito aproveitou para pedir a Deus que presenteie Uberaba com novas vocações.
Em seguida, os sacerdotes conduziram o caixão até o cemitério São João Batista onde o corpo de cônego Antônio Joaquim fora sepultado.
O sacerdote, que tinha 70 anos, era mineiro de Belo Horizonte e em dezembro próximo completaria 30 anos de padre. Neste período foi pároco de Santa Teresinha e Nossa Senhora de Fátima, em Fronteira – MG. Também foi vigário nas paróquias de Santa Luzia e Adoração, ambas em Uberaba.

Rubério Santos
Assessor de Imprensa

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Turma de crisma - 2012


Os catequistas: Márcia, Eurípedes(Pim) e Guilherme estão preparando os crismandos para receber o sacramento da confirmação do batismo.
 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Santo e Santa


Passado o clima de finados, a Igreja celebra a vida de todos os bem-aventurados que, na história de muita gente, num verdadeiro testemunho de autenticidade, de liberdade e de semelhança com a perfeição de Deus, são chamados de santos. A santidade não é realidade apenas de alguns, mas para todas as pessoas de boa vontade e bem intencionadas na vida.


A bíblia fala das bem-aventuranças como caminho de santidade, de seguimento de Jesus Cristo. Elas subvertem os critérios do mundo, porque os menos reconhecidos e desvalorizados, são chamados de felizes. É uma felicidade diferente, porque o sofrimento causa alegria, gera os bem-aventurados na vida eterna.



A santidade acontece no interior da pessoa. Temos algo de santo e de pecador. A diferença está no que é orientado para o amor. O amor vem de Deus, e acontece de forma ilimitada, podendo ocasionar os “pobres em espírito”, que não é pobreza material e nem espiritual, mas a capacidade de usar tudo para o bem comum.



A pobreza evangélica é sinal de um mundo novo, um imperativo para a justiça social. É resistir ao mal sem fazer as coisas desonestas, procurando realizar a ordem querida por Deus. Por isto se fala em fome e sede de justiça, dos que sofrem por ver seus direitos desrespeitados, mas têm certeza da justiça divina.



Os santos e as santas são aqueles que podem estar diante de Deus sem máscaras e não têm nada a esconder. São encantados com os valores do mundo, mas sabem conduzi-los para Deus. Usam as medidas justas, mesmo em contradição com as maldades em prática. Por isto sofrem a sorte de Cristo, o desprezo e o ódio.



A esperança é a força motivadora da vida humana dentro da história. Ela está apoiada nos valores que, vividos com honestidade, ajudam no cumprimento da vocação que temos na direção da santidade. Isto tem que acontecer num mundo em que muitas estruturas e valores são construídos de forma que contrariam os princípios do Evangelho e dificultam a prática do bem.


Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de Uberaba.